sábado, 10 de julho de 2010



Eu sou retardada ou sou apenas alegre demais? O nosso conceito de alegria é esquisito, quase um distúrbio... gostamos assim. Tudo que partilhamos não passou de um jogo, e eu adorava o jeito que jogávamos, perdidos, esquecidos nessa cidade abandonada.
É assim que deve ser, o meu mundinho desinteressante finalmente interessava. Por quê? Foda-se o porque. Estamos perdidos na tragédia e a terapia não preenche mais o vácuo, não sei o que é amor, e por falta de coisa melhor, essa é a minha desculpa.
Viver e não respirar, suplicar pelo mundo em que nada importava, nessa cidade assombrada, essa cidade que não existe, essa cidade que só acredita em nós dois, essa porra de cidade que aos poucos desaba.
Agora está partindo, cada passo te leva pra longe, pra mais longe, enquanto fico aqui, sentada, ouvindo passos vindo em minha direção, finjo que são passos seus voltando pra matar a saudade, mas continua partindo, está indo pra casa.

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