domingo, 29 de dezembro de 2013

Você é a pessoa mais perturbada que eu já conheci. Só que fazes dessa loucura algo tão bonito que dá vontade de ser louco junto contigo, igual a você, de pegar sua mão e correr pela rodovia, de choramingar enquanto sorri, de mentir sendo honesta, mas até entender que pra ser louco assim tem que ter nascido louco, eu já perdi a cabeça tentando entrar na sua, só pra depois você sumir de mim e me deixar assim, perturbado, com uma parte de mim faltando. Exatamente igual a você.

Real eyes realize real lies

Olhos tristes brilham mais na insônia de dezembro, era domingo, ainda me lembro. Olhos tristes reluziam um rosto aflito, mas revelavam a alma vazia de quem carrega consigo o infinito, e só fecha os olhos durante o dia, pois deslizam no sereno da madrugada, quando a cabeça enlouquece e o castanho escurece em lágrimas salgadas esperando por nada, sorrindo enquanto a boca amortece. Olhos tristes sabem pra onde ir, tentando não olhar pra trás, tentando não sorrir, pois olhos tristes sorriem demais.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sempre que me encontro perdida, estou esperando a próxima partida. Fazendo de mim coisa pequena, com sorriso de quarentena, me tornando nada ao longo da madrugada, me perdendo em olhares, em lábios vulgares, nos outros, que me encaixam, tão poucos... falando por cima do pigarro, me escondendo na fumaça do cigarro, tentando me encontrar até o próximo ponto, mesmo sabendo que só perdida me encontro

domingo, 6 de outubro de 2013

Empty.

Eu acordei. Apenas para encontrar meus pulmões vazios e meus sonhos se dissolvendo na frente de meus olhos. Cinzeiro cheio, cabeça vazia, coração cheio, olhos vazios. Acordei do espasmo semi-consciente de quem caía de um abismo e não vivia pra ver o fim. Acordei apenas para encontrar meu copo cheio. Acordei num suspiro pesado, ainda que mais leve que nunca, de olhos arregalados, cobertores brancos, com cheiro de você. Acordei caindo da cama e não cheguei ao chão.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

R.

O peso de Setembro não me deixava dormir, talvez porque as luzes piscavam rápido demais, talvez porque teus olhos estivessem gravados atrás dos meus e incendiassem minha cabeça, tentando tirar de mim todos os nós. Setembro me manteve acordada pois trazia consigo o eco do teu coração frágil, que ia comigo pra todo lugar, me abraçando forte, me protegendo sempre, torturando muito... Setembro me fez querer desaparecer, só pra poder aparecer em outro lugar, pegando de ti teu travesseiro, teu cobertor, teu coração. Setembro me levou pra longe, fez de mim pequena. 2 de Outubro... ainda parece Setembro.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Por tão humano que seja correr pelas tuas veias, eu fico dormente enquanto corro pelo fim. Tão estranha dormência, Traz meus pulsos ao chão. Buscando tudo de novo, por tão errado que seja, tão tortuoso que permaneça... com tanto que termine. Por todos os corações partidos, meus e dele. Tão estranha dormência que traz meus joelhos ao chão. Ao tentar mais uma vez, ao brindar novamente, sorrir com outros olhos, olhar com outra boca, ter-te em outras mãos, em outra meia-noite, na fumaça de outra boca na manhã fria de São Paulo. Ou na fumaça do espelho no calor de outro banheiro. Na bênção dos meus quadris. Na dormência da minha cabeça. Enquanto a Lua olha pra baixo e ri.

sábado, 4 de maio de 2013

E esse nervoso que dá quando não se consegue sair do raso mas dá pra se afogar ali mesmo, de saber que pode ir e não vai, e esse papo de "tudo bem e você?" "Tudo também" "...", e toda essa futilidade que mora na indisposição que sobrepõe a vontade? Na insegurança que atropela a felicidade, no "não tô afim" que me impede de levantar da cama, na puta confusão que eu fiz agora...

terça-feira, 23 de abril de 2013

Como humano, decomponho. Como nobre, desconheço. Como estúpida, me disponho. Como eu, desapareço.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Anonymous

"Eu sempre te achei bem normal, falando em aparência, mas sua personalidade é algo que eu nunca vi antes, você é cruel, fria e até meio mórbida, mas ao mesmo tempo é uma coisa fofa, engraçada, sagaz e inteligentíssima, eu sempre achei isso a coisa mais sensual do mundo, mas aí eu cometi o erro de ver a sua twitcam, e meu... caralho. Você é com certeza MUITO mais bonita do que eu pensei que fosse, seu rosto é perfeito, seus olhos são enormes e escuros, sua boca é carnuda e linda, seu jeito de falar, suas expressões... quando você teve uma crise de riso eu até cheguei a ficar arrepiado. Foi uma das coisas mais bonitas e espontâneas que eu já vi numa menina. Quando você franze o nariz, então! Ah... eu não quero parecer meio louco, mas foi um pouco brutal pra mim. Eu tô meio que com um amor platônico por você. Só queria dizer isso mesmo, que independente de qualquer coisa, de qualquer problema, de qualquer discussão, de qualquer pessoa atrapalhando seu caminho, eu quero que você saiba que em qualquer lugar do país tem um cara que fica arrepiado só de falar seu nome. Espero qualquer dia poder te ver pessoalmente e te olhar de longe." "Eu tive a oportunidade de saber uma coisa ou outra de você através de algumas pessoas e... não sei verbalizar muito bem a bola de sentimentos emaranhados que eu tenho por você, é uma coisa incrível que eu nunca senti antes. Então hoje uma amiga minha me mandou o novo link pro seu blog e eu pude ler tudo o que escreveu, foi aí que eu não aguentei mais e tive que vir aqui pra te dizer que eu não sei o nome dessa coisa que eu sinto por você, mas é a coisa mais sincera que eu já senti por alguém, só por ter tomado conta de mim sem você nem precisar estar perto." - Anônimo. (Eu só queria guardar isso. Pra sempre).